A cidade californiana de San Francisco, nos EUA, pode deixar de comprar computadores da Apple após a empresa ter decidido retirar um certificado ambiental de seus desktops e notebooks, informa o “Wall Street Journal”.
No mês passado, a Apple solicitou remoção de seus produtos da lista dos certificados pela EPEAT (ferramenta de avaliação ecológica de produtos eletrônicos, na sigla em inglês).
| Paul Sakuma/Associated Press | ||
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| Edifício em San Francisco onde foi realizado evento anual da Apple; prefeitura pode deixar de comprar Macs |
Isso gerou um movimento interno à administração do município, liderado pela secretaria do meio ambiente, a fim de banir os Macs de todos os órgãos oficiais da cidade.
O município, que gastou US$ 46 mil em Macs em 2010 –ano mais recente com registros–, diz que produtos eletrônicos sem o certificado não atendem aos requisitos de compra usando dinheiro público.
“Estamos decepcionados com a escolha da Apple de retirar seus produtos da EPEAT”, disse Melanie Nutter, diretora da secretaria do meio ambiente de San Francisco, ao jornal americano.
“Esperamos que, com a nossa atitude, a Apple reveja sua posição quanto ao certificado.”
BATERIA COLADA
A secretaria, contudo, não tem papel decisivo nas aquisições de outros órgãos. Ela está desaconselhando a compra de Macs por meio de cartas oficiais.
A EPEAT foi criada em 2006 por uma aliança entre ONGs e fabricantes –que incluíam a Apple.
| Efe/Divulgação |
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| MacBook Pro com tela Retina: bateria colada ao chassi |
A Apple retirou o certificado por uma alegada “mudança de direção no design”, segundo o presidente-executivo da EPEAT, Robert Frisbee, entrevistado pela publicação.
“O novo Macbook Pro, com a tela Retina, não é elegível para o certificado, já que sua bateria é colada ao chassi, o que dificulta sua reciclagem.”
Quando comparado ao faturamento anual da Apple –em 2011, foram US$ 108 bilhões– o “boicote” de menos de US$ 50 mil feito por San Francisco se torna insignificante.
Contudo, como espécie de epicentro do Vale do Silício –onde está sediada a Apple–, o município e suas decisões têm alto valor simbólico.
A Apple não comentou o caso.
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