O suor é um dos fatores que pode fazer desistir da ideia quem pensa em pedalar até o trabalho, especialmente em dias quentes ou quando o percurso envolve trechos ladeira acima. Para contornar isso, é possível instalar um motor elétrico na magrela.
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| Bicicleta elétrica do administrador de banco de dados Cleber Augusto Rafael, 35: agora ele quer instalar uma bateria melhor e tração também na roda traseira |
É o caso do administrador de banco de dados Cleber Augusto Rafael, 35, que diz que gastou cerca de R$ 1.600 para transformar sua bicicleta (que valia R$ 1.000) em uma versão equipada com suspensão dianteira e motor elétrico, o qual custou quase a totalidade do valor investido.
Hoje, ele economiza cerca de R$ 230 por mês com o carro na garagem. “Estimo o custo [de rodagem da bike elétrica] em R$ 0,02 por km.”
“Queria voltar a pedalar e não podia chegar suado ao escritório, onde trabalho com roupa social”, conta, explicando que a bicicleta estava “estacionada” havia um bom tempo. “A cidade onde moro [Maringá (PR)] é plana, mas o trajeto que faço tem subidas.”
Ele diz que pretende instalar uma bateria de maior capacidade, de íons de lítio, e tração também na roda traseira. “Agora estou apaixonado pela bike e não quero parar de incrementá-la.”
Seu percurso é de seis quilômetros e, por ser curto, pode ser totalmente feito sem pedalar. O motor que instalou é relativamente forte, com potência de 1.000 W (carga máxima de 150 kg).
Cleber diz que a conversão dura cerca de três horas. Uma desvantagem é o peso, maior.
Além da Wind Bikes, loja por meio da qual Cleber comprou seu kit de conversão, outros estabelecimentos que vendem semelhantes são Bicimoto e Brazil Electric.
As mais notáveis marcas de bicicletas elétricas já prontas no Brasil são Blitz, Dafra,Evolubike, General Wings, Movegreen e, mais recentemente, Multilaser.
VULNERÁVEL
Para Willian Cruz, editor do site “Vá de Bike”, versões elétricas podem ser perigosas. “É fácil abusar da velocidade quando o motor está ligado”, diz.
Além disso, seu usuário fica em situação de vulnerabilidade jurídica, diz Crus. “O uso de bikes elétricas não é regulamentado. Se um policial te parar e quiser apreender sua bicicleta porque ela não está licenciada, ele simplesmente pode.”
“Mas considero a bicicleta de pedalada eletro-assistida uma boa alternativa para quem tem uma limitação física, como excesso de peso, e quer pedalar.”
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